Você já parou para pensar o tamanho da força do agro, especialmente para o Brasil, e o que aconteceria se ele parasse?
Para ilustrar melhor é só entender que é do agro que vem todos os nossos alimentos.
Sim, até os industrializados, porque eles precisam de matéria-prima que estão no campo.
Carne, leite, ovos, frutas, legumes, verduras, cereais, grãos, são apenas alguns exemplos do agro em nossa rotina.
Com isso a conclusão mais simples é: todos nós dependemos da força do agro, seja de forma direta ou indireta.
Quando se fala da força do agro e sua representatividade é preciso entender que estamos tratando de uma necessidade básica, fundamental para nossa existência, já que ninguém sobrevive sem alimentos.
Se as atividades do agro parassem, o primeiro impacto seria comprometer o abastecimento o que impulsionaria, ainda mais, a inflação.
Isso sem falar do desemprego, que atingiria desde o homem de campo, de fato, até atividades industriais, de logística, distribuição, enfim, uma cadeia interia que tem seu alicerce no agro.
É preciso entender que tudo está interligado ao agro, mesmo para aqueles que atuam em setores como a saúde, por exemplo.
Indo além, o agro é responsável por toda uma cadeia produtiva, que impulsiona a economia brasileira.
Em 2021 o agro foi responsável por 26,6% do PIB do país, se tornando um grande motor para segurar a economia em época de pandemia.
Enquanto tantos setores sofreram impactos, muitas vezes avassaladores, o campo não apenas seguiu produzindo, como cresceu sua participação na economia.
Essa produção crescente, que segue cada vez mais aquecida, faz o mundo olhar para o Brasil como um elemento fundamental para atender a demanda mundial por alimentos.
A extensão territorial, o solo fértil e o clima propício, mesmo que às vezes esquente demais e a chuva não seja suficiente, faz do país uma promessa para produzir e exportar cada vez mais.
De olho nesses detalhes, países que estão em outros continentes, compram nossa carne, soja, café, laranja, entre outros, para alimentar a sua população.
Com isso, o agro brasileiro tem sentido a necessidade de produzir cada vez mais e melhor, e investido em tecnologia de ponta, que aumente a produtividade, causando menor impacto ambiental possível.
E para que o agro continue ampliando sua atuação e gerando milhões empregos em toda sua cadeia produtiva, é preciso ter linhas de crédito.
Aqui entra a importância das instituições financeiras, que precisam estar abertas e receptivas a viabilizar os investimentos.
Incentivar pequenos e médios produtores do agro é mais do que ser visionário, e investir em um segmento que não para de crescer e gerar renda.
Para seguir produtivo, além do que já foi falado acima, o agro brasileiro também precisa enfrentar o desafio da logística.
E nessa questão é preciso contar com o apoio dos governos, especialmente o federal e estaduais, que precisam oferecer uma melhor infraestrutura para que a produção seja escoada com maior eficiência.
Especialistas do setor apontam que se houvesse uma melhor malha ferroviária, o processo logístico seria facilitado, além de ser um transporte menos poluente.
E mais, o transporte via rodovia, que ainda é o mais usado no agro, muitas vezes encontra estradas mal cuidadas, que danificam o caminhão e fazem o frete crescer.
Já as estradas bem cuidadas, são onerosas devido aos pedágios, além do preço dos combustíveis, que não param de subir.
Em um país com dimensões continentais, é comum vermos os produtos do agro viajarem centenas de quilômetros, muitas vezes por mais de um dia, até que acessem ferrovias e hidrovias.
Pensar em ferramentas que aumentem a produção é importante, mas não esquecer de olhar para como ela chegará ao consumidor, também.
Sim, o agronegócio do Brasil tem muito ainda para crescer, mas isso só será possível com o esforço coletivo.
Fontes: Revista Globo Rural; Revista Rural; O Presente Rural; ABOL – Associação Brasileira dos Operadores Logísticos; e Nagro.