Conciliar a produção e preservação ambiental é uma ação fundamental, que pode garantir ao país o título de agroambiental.
Para isso, se deve ter como premissa: usar os recursos naturais como ativo econômico, preservar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, cultivar alimentos saudáveis com alta produtividade.
Para fazer do Brasil uma potência agroambiental o grande desafio é buscar soluções com foco em preservação ambiental, no uso de excelência da terra, promover a sustentabilidade e fazer esse resultado ser a maior força no mercado nacional e internacional.
E o mercado está propício!
Segundo um estudo do Instituto Millenium, o setor responde por 25% dos empregos gerados no Brasil, 26,6% do PIB, e 50% das exportações, dados calculados em 2020.
E, de acordo com o Ministério da Agricultura, o valor bruto da produção agropecuária do país deverá atingir o montante de R$ 1,1 trilhão em 2021.
Um pontapé diante da possibilidade de ser uma potência agroambiental.
Para tal feitio, o país precisa parar de ser visto como um inimigo do meio ambiente e fomentar o comércio global de seus produtos agropecuários, aumentando a conquista de novos mercados.
Por onde começar? Na verdade já começou, mas novas posturas podem acelerar o processo brasileiro para se tornar agroambiental.
São elas:
Com base na agricultura sustentável, restauração de pastagem, florestas e conservação de biodiversidade, a agropecuária pode ser um verdadeiro escoadouro de carbono.
Nesse caminho, de se posicionar como agroambiental, é imprescindível que o Brasil tenha uma forte atuação no combate às mudanças climáticas e que decrete o fim do desmatamento ilegal.
Soma-se a isso à extrema importância da fiscalização e punição a esse desmatamento.
E isso só será possível por um modelo de agricultura tropical que agregue sustentabilidade por meio de técnicas e tecnologias que aumentam a produtividade da terra e promovem o uso racional de insumos.
O país tem estoque de vegetação dentro da propriedade privada.
Isso porque a produção agrícola brasileira é feita sob regras que preveem a manutenção de 20% a 80% do bioma, a depender da região do país.
A pecuária, hoje, consegue produzir carne carbono neutro. Por meio de um sistema que integra pecuária, lavoura e floresta, as emissões são zeradas.
As condições climáticas favoráveis e grandes extensões de pastagens degradadas possibilitam a recuperação e fazem do Brasil um dos únicos com a possibilidade de aumentar sua produção sem a necessidade de desmatar novas áreas.
Seguindo o pensamento, aliado ao consumo, está é uma longa discussão referente ao futuro dos alimentos.
Além do aumento de consumo das proteínas à base de planta, há o consumo consciente, onde o consumidor interno (e, também, o externo) coloca como prioridade a preservação ambiental.
Produtos agrícolas que utilizam práticas sustentáveis em sua produção, com informações rastreáveis, são indiscutíveis num cenário agroambiental.
A sustentabilidade deve ser ativa, pois, esse requisito já faz parte das exigências dos clientes.
Produtores devem estar atentos para as práticas de bom manejo de pasto, adubação verde e consciente, controle de queimadas, reflorestamento, integração de lavoura-pecuária-floresta, descarte correto de embalagens e rotação de culturas.
O Brasil deve liderar o processo de se tornar uma potência agroambiental de forma atuante, transparente e participativa.
Para que assim, todos os envolvidos ganhem: o proprietário de terra é respeitado, o meio ambiente conservado e o Brasil reconhecido.
A solução é produzir mais e agregar valor aos produtos sustentáveis, reconhecer o bem ambiental como estratégia de conservação e estimular o consumo consciente e os sistemas produtivos de baixa emissão.
Como resultado, o Brasil poderá se orgulhar de ser uma grande potência agroambiental, importante produtora de alimentos e detentores da maior biodiversidade do mundo.
E você, o que tem feito em sua propriedade para torná-la agroambiental?
Fontes – Forbes; Canal Rural; Ageitec; Cursos CPT; Cultura Mix; e Abag.