De forma geral, quando se fala em biotecnologia é preciso pensar na junção da biologia com a tecnologia.
O que nem todos sabem é que a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária investe em biotecnologia há mais de 30 anos.
Seu objetivo é buscar soluções sustentáveis para atender as demandas alimentares crescentes, já que a população mundial segue aumentando e precisará comer.
Quando pensamos na biotecnologia aplicada à agricultura, devemos entendê-la como uma ferramenta capaz de auxiliar os produtores rurais.
Através da sua aplicação é possível promover uma melhor proteção às culturas, para que não sejam atingidas por insetos, pragas e doenças.
Outra funcionalidade que se consegue por meio da biotecnologia é criar lavouras mais resistentes às variações climáticas.
Com isso, é possível evitar o uso indiscriminado de defensivos, muitas vezes prejudiciais ao meio ambiente como um todo.
E assim, o uso da biotecnologia se torna uma ferramenta importante para ampliar a produção, causando menos impacto ao meio ambiente.
Embora, para muitos, a utilização da biotecnologia pareça uma coisa recente, a história mostra que ela está presente na vida da humanidade desde 1800 aC.
Esse foi o período que o homem começou a utilizar a fermentação, que é um processo que envolve micro-organismos, para fazer vinhos, pães e queijos.
Foi pelo uso da biotecnologia que a ciência descobriu que era possível manipular o DNA, material genético presente nos organismos, como plantas ou animais.
E assim tornou-se possível a criação dos OGMs – Organismos Geneticamente Modificados, popularmente chamados de transgênicos, uma forma de buscar soluções para problemas que afetam a humanidade.
O tempo de estudo direcionado à biotecnologia, aplicada ao setor agrícola, mostra que o processo é seguro e traz benefícios econômicos e ambientais.
Produtores rurais têm investido no segmento para aumentarem o rendimento e diminuírem os custos com a produção.
De olho na agricultura sustentável, a aplicação da biotecnologia permite produzir mais comida, com menor custo, sem necessidade de ampliar a área de cultivo.
Conseguir aumentar a produtividade por hectare é atender a necessidade da crescente demanda, mesmo sem ter novas áreas para o plantio.
É importante ressaltar também que, a biotecnologia impacta na qualidade das plantas, podendo torná-las mais nutritivas.
Outra possibilidade é a redução de perdas, que acontecem no período pós-colheita.
Ao abordar o tema biotecnologia aplicada à agricultura ainda é comum o receio dos produtores e, até mesmo, consumidores.
Será que os chamados produtos transgênicos são, de fato, seguros para a saúde?
Os destaques no segmento de transgênicos, atualmente, são a soja, o milho e o algodão.
Atualmente, a soja aparece em primeiro lugar no ranking nacional de exportações, o que mostra a força da sua produção, impulsionada pela tecnologia e transgenia.
E sim, as associações do mundo todo garantem que os produtos transgênicos comercializados são seguros. Isso porque eles são liberados após passarem por rigorosos testes.
Quando falamos de Brasil, a supervisão sobre a segurança dos transgênicos é feita pela CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, seguindo uma rigorosa legislação.
Os transgênicos são regulamentos pela Lei nº 11.105/2005, que traz determinações desde a sua descoberta até chegar a ser um produto comercial.
Os estudos são bastante rigorosos e, até que sejam concluídos, podendo ser liberados, leva em média 10 anos.
A comissão que compõem a CTNBio faz uma análise detalhada do produto, quanto as suas vantagens e desvantagens, considerando o quanto podem impactar a saúde de pessoa e animais.
A eficácia da produção é o que abriu as portas da agricultura para receber a biotecnologia.
Quando falamos em menos aplicações de herbicidas e produtos relacionados, temos vários exemplos.
Um deles é o cultivo do algodão, que chega a receber 20 pulverizações por safra, mas com a atuação da biotecnologia conseguiu diminuir isso em mais de 50%.
Outro exemplo é a soja tolerante à seca, além de biotecnologias que ainda estão em desenvolvimento, como a produção de plantas sem sementes, soja com composição diferenciada de ácidos graxos e plantas que produzem proteínas inseticidas.
Fontes: Embrapa; Portal do Agronegócio; Canal Rural; Lavoura10; Digital Agro; e Produtécnica.