O agronegócio está cada vez mais tecnológico e isso tem impactando, positivamente, na produção. Um gargalo, porém, é a dificuldade de acesso à internet, que não alcança cerca de 70% das propriedades rurais. Mas isso deve mudar com a chegada da tecnologia 5G ao agronegócio, que promete uma velocidade de rede cem vezes maior.
De acordo com o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dos mais de cinco milhões de propriedades, 3,64 milhões não conseguem acesso à internet. A tecnologia 5G é fundamental para que o agronegócio tenha uma lavoura e pecuária de precisão. Podendo usufruir, de forma ampla, de todas as ferramentas e maquinários disponíveis.
O monitoramento efetivo dos campos faz crescer a produtividade, mas é necessária a conectividade, que chegará com a tecnologia 5G. A previsão do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é de um aumento de 6,3% no valor bruto da produção agropecuária, e ampliação de 25% na conexão, com a chegada do 5G.
O agronegócio brasileiro não para de crescer e sua produção alimenta pessoas em várias partes do mundo. Com a tecnologia 5G a cadeia produtiva ganha um reforço efetivo se tornando mais competitiva, até internacionalmente.
A tecnologia 5G impacta o agronegócio permitindo que o trabalho no campo seja mais eficiente. Com uma população mundial crescente, será preciso produzir cada vez mais, explorando menos os recursos naturais.
Ter máquinas operando melhor e o acompanhamento das atividades em tempo real, é outra realidade trazida pela tecnologia 5G. O agronegócio, assim como outros setores da economia, precisa de informações técnicas precisas que cheguem mais rápido.
Com dados em mãos é sempre mais fácil tomar decisões acertadas, que podem impactar toda uma produção. Mas embora o agronegócio seja responsável por mais de 26% do PIB – Produto Interno Bruto, ele ainda é prejudicado pela dificuldade de acesso às redes.
A conexão da tecnologia 5G dará ao agronegócio uma oportunidade maior de explorar o mercado. Produtores poderão trocar informações, estudar, comprar, vender e fazer negócios, sem a necessidade de sair da propriedade em busca de sinal.
Um levantamento da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em parceria com o Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e o Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mostrou que 85% dos pequenos e médios produtores já estão usando alguma tecnologia digital para gerenciar a propriedade.
O agronegócio do Brasil se mostra preparado e receptivo para o uso de altas tecnologias. Equipamentos autônomos, softwares, startups e marketplaces estão com o caminho aberto para tornar o país uma referência em agricultura 4.0. Isso sem falar que o Brasil tem um clima privilegiado e uma ótima extensão de terras a serem exploradas. O que ainda tem atrasado esse caminhar é, segundo os especialistas, a falta de uma maior conectividade.
O aumento da conectividade do campo, com a tecnologia 5G, possibilita o crescimento do agronegócio, e aumento do PIB. Dados coletados no campo poderão ser diretamente salvos em nuvens, evitando risco de perdas. O que o setor espera é que, nas próximas semanas isso possa caminhar, para que o processo evolua, ainda no segundo semestre de 2021.
Um primeiro passo, com a chegada da tecnologia 5G, é sair da cobertura atual de 23%, para 46% de área com sinal. O Ministério das Comunicações está aguardando o aval do TCU – Tribunal de Contas da União para publicar o edital do leilão.
O leilão da tecnologia 5G é o maior da história da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações. O edital deve contemplar oito mil localidades ainda sem acesso à rede, expandindo também o alcance de áreas rurais.
Pela maior conectividade da tecnologia 5G o agronegócio ganha otimização no uso dos recursos naturais, insumos, operações e até escoamento da produção, por exemplo.
Fonte – Embrapa; Revista Globo Rural; Sistema Brasileiro do Agronegócio; Jovem Pan; e Dia Rural.
